PNLD Literário 2021

Tão eu, tão você
No meio da multidão
Cecilia que amava Fernando
Um parafuso a mais

Tão eu, tão você

Fabrício Carpinejar

Código da coleção: 0260L21609

Categoria: 1o ao 3o ano do Ensino Médio

Gênero: Crônica

Temas: Projetos de vida; Inquietações da juventude

Resumo:

“Fabrício Carpinejar é o meu pai. É escritor. Mas não se atreveu, em nenhum livro publicado, a falar coisas que não pretende revelar para ninguém. Parece que essa tarefa (intrigante) sobra para os filhos. Ou melhor, para a filha mais velha. (…) Histórias abstratas e realidades fatais serão relembradas.”

As crônicas (ou a enorme crônica) que compõem Tão eu, tão você, são como uma carta que vem de um tempo passado, que se lança ao presente e que pretende futuros: o do pai, que busca refazer o contato fragilizado com a filha mais velha; o da filha, que se pretende escuta, mas que também solta seu verbo em carta, em e-mail, em letra de música. 

Duas vozes, dois olhares sobre a relação pai-filho e suas possibilidades de espelhamentos. Fabrício e Mariana são personagens de uma história deles, mas que pode ser a de outros também.


No meio da multidão: como encontrar seu poema

Heloisa Prieto e Victor Scatolin

Código da coleção: 0033L21609

Categoria: 1o ao 3o ano do Ensino Médio

Gênero: Novela

Temas: Projetos de vida; Inquietações da juventude

Resumo:

“Sem rimas, sem flores, sem estrelas.

Caíque encontrou o seu poema.

E isso faria toda a diferença…”

Caíque quer aprender a rimar. Interessado em impressionar Jéssica, a pequena poeta por quem está apaixonado, ele olha as estrelas, observa as flores e… nada. Por mais que tente, as rimas não vêm. Até o dia em que encontra um poema de Leminski e entende a liberdade de inventar.

Ângelo, 78, é sambista nas horas vagas. Na praça onde passa as tardes, faz amizade com Irina, poeta russa radicada no Brasil, que lhe oferece a poesia de Maiakovski como retribuição pelos belos versos de Cartola que Ângelo canta. 

Francisco, 46, é corretor imobiliário. Impressionado pela curiosidade sensível de Caíque, permite que ele visite a biblioteca da casa que está à venda. Os livros pertencem a Irina, mãe de Ivan, 37, arquiteto e designer, e melhor amiga de Ângelo, o sambista da praça na esquina da casa.

Neste livro, poemas norteiam caminhos e transformam vidas. 


Cecília que amava Fernando

Caio Riter

Código da coleção: 0525L21609

Categoria: 1o ao 3o ano do Ensino Médio

Gênero: Novela

Temas: Projetos de vida; Inquietações da juventude

Resumo:

“Peguei na mão dela, pouco enchimento de carnes, branca muito branca, veias azuladas, e me lembrei das noites de escuridão. ‘Mãos de velhos parecem versos de um poema’, ela disse baixo, acho que para que apenas eu ouvisse, e eu sorri”.

Cecília que amava Fernando traz uma história de amor, mas não um amor comum. É a história da bonita relação entre Bernardo e sua avó Cecília que, diante da finitude da vida e das imposições familiares, busca nos poemas de Fernando Pessoa e seus heterônimos um meio de se comunicar com o neto. Bernardo, por sua vez, tem na poesia que compartilha com a avó o apoio necessário para vivenciar dúvidas e angústias do seu processo de amadurecimento, bem como a dor da perda.

A poesia costura a narrativa como um fio de afeto. Fernando Pessoa e seus versos conectam Bernardo à sua avó e o leitor, à medida que se envolve na narrativa, descobre inúmerosmotivos para amar Fernando Pessoa, ou para querer conhecê-lo.


Um parafuso a mais

Fabrício Carpinejar

Código da coleção: 0526L21609

Categoria: 1o ao 3o ano do Ensino Médio

Gênero: Novela

Temas: Projetos de vida; Bullying e respeito à diferença

Resumo:

“Os tios, os parentes longínquos e os conhecidos reclamavam que tinha um parafuso a menos, de tanto cair e me espatifar nas escadas. Na verdade, tinha botas ortopédicas pesadas, que me apressavam os tombos. Um bom ortopedista e seria salvo.

Sem cura a curto prazo, Rodrigo analisava minha cabeça para verificar se encontrava o parafuso que faltava. (…)”

Poeta nato, cronista de mão cheia, Carpinejar tem uma vivência e uma percepção de infância muito singulares. Tudo para ele é simples, como as coisas são simples para as crianças. Mas também tudo vira material para a vida adulta, e tudo o que era apenas simples adquire um valor transcendental e precioso. 

Ao ler Um parafuso a mais, o leitor vai entender bem direitinho como nasce o espanto que faz alguém virar poeta. E como se perpetua no tempo esse mesmo espanto, que vira descoberta, que vira tesouro, que vira alegria. Que vira poesia.

Literatura e o Novo Ensino Médio

No Ensino Médio, a literatura é elemento essencial para o desenvolvimento do Projeto de Vida e das Competências Gerais da Educação Básica, indicadas na Base Nacional Comum Curricular.

A literatura oportuniza a expressão de sentimentos, sensações, formas de identificar problemas da própria existência. Seus elementos artísticos provocam emoção e reflexão, a partir do que o leitor reflete, analisa e questiona. Um texto literário está intimamente relacionado à arte e tem intenção de entreter e provocar. Ler e compreender literatura gera análise, questionamentos e autoconhecimento.

O caráter estético da literatura, o uso de figuras de linguagem e até a subversão da gramática atribuem ao leitor a importante tarefa de interpretar e dar significação ao que lê, de acordo com sua subjetividade. A leitura da literatura é capaz de apontar muitas possibilidades de compreensão, de ensaiar múltiplas escolhas. Ela tem uma finalidade organizativa que contribui para desenvolver o leitor como pessoa e põe ordem no caos da vida real. 

Para apreender literatura, é preciso ler literatura, em variedade e quantidade. Aprender que o texto literário não tem um objetivo prático, como informar ou explicar, é consequência de um processo contínuo de contato com a linguagem e de reflexão a respeito dos sentidos mobilizados pelo ato de ler. Ao ler literatura e construir uma história pessoal de leitura, o leitor aprimora suas formas de interação com o mundo.

A literatura pretende educar para a vida, ser plural, tornando-se um instrumento privilegiado do ser humano para refletir sobre si, sobre o outro e seu contexto.